Teu eclipse
Cris Sousil 27/09/99
Como o último eclipse do século, te ver
Cobrir tua lua com meu sol e colher
O coro que canta teu coração
Acorrentar-me a ti com meu corpo
E secar teu porto
Meio a uma contração
Colorir teu arco
Ser o barco de tua loucura
Nas alturas
Corar o céu de tua boca
Causar o calafrio de tuas costas
Colar os cacos de tuas encostas
Tão calada
Soar canção
Nas cordas de teu violão
Ser o campo de teu descanso
Ser o cometa e a colheita
Ser o teu caso e os teus traços
Ser a cama ou a mucama
Ser a máscara e a canoa
Sem a cara e a coroa
Ser tua casa
A carícia em tua alma
Ser o eclipse solar
Em cada século, em teu altar.
domingo, 30 de março de 2008
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