domingo, 30 de março de 2008

Calada

Calada
Cris Sousil 23.04.96

Olhos castanhos
em mim.
Palavras camufladas,
mãos atadas,
coração em balada,
devo sorrir.

Vejo e não toco,
deixo ir.

É o sol e a lua,
os fantasmas da rua
e eu aqui.

Não é meu mundo
é um passo no escuro
que não posso resistir.

Um enlace,
um encaixe,
engulo a frase,
mergulho num disfarce...
Deve existir
um beijo
saciando o desejo
um fim.

Respiro fundo,
palavras em soluços,
desvio pedido,
não digo,
a noite acaba,
o sol não brilha,
nada termina
nem a chama calada
chorada por ti.

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