domingo, 30 de março de 2008

Duelo

Duelo
Cris Sousil 11.11.95

Passos que emperram,
mãos que insistem,
tocar.
Corpos que se enganam,
almas que ordenam,
prosseguir.
Olhos que fecham,
corações que despertam,
enxergar.
Busca constante,
nenhum instante
o fim.
O exterior se oculta,
o interior desnuda
o ar .
O tempo é longo,
os santos não descansam
até unir.
Se os corpos se enganam,
a ignorância é mútua,
basta dormir.
Jamais se entrega
quem conhece a arte
de amar.
Se muitas são as chuvas e as rochas,
imagine a glória
quando o momento brilhar.
E da busca, o encontro,
encerrando o jogo
único fim.
Na luz do momento,
o repouso das almas,
a integração dos corpos
e o amor a assumir,
a reinar, à triunfar,
a existir.

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