Resgate
Cris Sousil 06.09.96
Maré alta,
na boca que cala,
na alma que fala,
no olhar que pára,
na prisão da sala.
E sou palhaça
sem graça
sem cor.
Murcha flor,
de corpo molhado,
nu e gelado.
Eterna noite
sem ponte para o sol.
Oculta em lençol
de seda
negra
Estendo os braços,
busco algo,
busco o mago
que me enfeitiçou
Ele voou,
neguei o convite
meio ao brinde.
Salto ao chão,
visto o roupão,
quase nua,
cansada de luas
grito seu perdão.
Largo tudo,
ganho o mundo
sem bagagem
nem carruagem,
beijo o vento,
vou sem medo,
era faminta,
rica mendiga,
agora grão de areia,
arrastando poeira,
sorrindo com calma,
livre de armas
SALVA
vôo de alma
corpo
e coração.
domingo, 30 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário