Hoje não
Cris Sousil 02/03/99 (23:10 às 24:17hs - Praia Grande)
Eu não quero que você toque a campainha,
eu não quero que você entre no quarto,
eu não quero que se sente ao meu lado
e que seja a minha companhia.
Não desnude os meus olhos,
não segure minha mão,
não tire meus pés do solo,
não me pergunte porque choro.
Não quero que me afague os cabelos,
não o quero vestido de cavalheiro,
não quero que me acaricie o rosto,
não quero viciar-me em teu gosto.
Não me toca,
não me beija,
nem me fala,
nem esteja.
Não me invada com tuas palavras,
não enxergue atrás de minha máscara,
nós não vamos contar as estrelas,
não ouvirei tuas fábulas e lendas.
Não quero afundar em teus braços,
dispenso o aconchego desse abraço,
não quero tua fogueira,
eu rasgo tua bandeira.
Não quero o teu oceano,
não me diga “eu te amo”,
não brindaremos no outono,
não me inclua nesse plano.
Não me para,
não me prenda,
não me encara,
não me renda.
Não vou mergulhar em teu mar,
não quero beber teu luar,
não preciso de teu sol em minha noite,
nem de teu atalho, nem de tua ponte.
Não quero o céu de teus olhos,
não quero o mel de teus lábios,
não quero um novo duelo,
não quero tua oração em meu clero.
Não quero derreter em teu fogo,
não quero navegar em teu corpo,
não quero levitar em teus vôos,
nem quero pousar em teu porto.
Eu não quero te ver,
eu não quero te ter,
eu não quero você,
eu não quero querer.
Não me toca,
não me beija,
não me fala
nem esteja.
Por favor vá...
Eu não quero te ver
(não me pára),
eu não quero te ter
(não me prenda),
eu não quero você
(não me encara),
eu não quero querer
(não me renda).
Por favor,
VÁ!
domingo, 30 de março de 2008
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