Espíritos perdidos
Cris Sousil 03/09/97
Na avenida, um grito.
Ventania que assobia.
Ela ajoelha e semeia a sentença
Ela anda sem rumo e sem mundo
Onde estão os braços
que em invernos aqueciam-na em abraços?
E os lábios que umedeciam os seus lábios?
E aquela fome quase sem controle?
Braços estendidos e um suspiro
Pensava céu, mas só alcançava sombras.
Correr para despistá-la?
Correr para alcançá-las?
E por trás das sombras enxergou o sorriso
que só ele tinha para lhe dar
E por trás das sombras o viu chamando
buscando quem não deixou de amar
E por trás das sombras viu braços abertos
desejosos por lhe abrigar
Ela caminha
sonâmbula e hipnotizada.
Onde estão os braços
que em invernos aqueciam-na em abraços?
E os lábios que umedeciam os seus lábios?
E aquela fome quase sem controle?
Aqui estão...
Último suspiro,
espíritos perdidos
e
uma ventania infinita assobia
talvez
uma re - união.
domingo, 30 de março de 2008
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