domingo, 30 de março de 2008

Mar

Mar
Cris Sousil 01.01.97

Palpita em meu peito,
calada, lhe beijo
me deixo completa
sou ele.

Perde-se em sua extensão
minha deslumbrada visão,
Em seu território
eu douro.
Tantas vastas águas,
ondas que loucas
me invadem

No horizonte
ele beija o céu,
mais ao monte
para as rochas, é véu.

Reina em meus poemas,
à minh’alma
enriquece com calma,
em minhas veias
pulsa sua areia,
sou sua sereia.

Visto-me em seu corpo
e sou imensa,
abro seu diário,
vejo namorados,
amigos, sorrisos.
Vejo a despedida,
marinheiro, esposa caída.
Vejo o barco,
colorido arco.
O surfista na prancha
que nas ondas deslancha.

E o luar chega
nas águas se espelha
junto à luz de Deus
Ah ! Vem onda !
e me Invade toda
Vem, venha onda,
penetre-me, louca!

Sua dourada sereia
nas veias
areia,
De glória
me cala
poetisa perdida
diante o espelho de Deus
o espelho de Deus.

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