Tempestade
Cris Sousil 23/03/99 – 11hs
Uma tempestade repentina
de pingos pesados
e apressados,
ferindo tua pele,
pingando por teu rosto,
beijando tua boca,
penetrando por tua roupa,
acariciando o teu corpo.
Despertei tempestade,
escura e barulhenta,
gritando teu nome
entre trovões.
Nos olhos o raio
que te queima e te fala,
no beijo ao solo
o frio que te abraça.
Tempestade,
descendo a ladeira,
escorrendo pela beira
da calçada,
por trás de tuas pegadas
e você se defende
da minha enchente
com a capa,
com o guarda,
com o escudo,
mas eu te desnudo
eu te ensopo,
eu te afogo
e sem abrigo
eu te obrigo
embriagar-se em meus pingos
Despertei tempestade
e vestida de maldade
inundei tua cidade.
domingo, 30 de março de 2008
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