domingo, 30 de março de 2008

O laberinto

O labirinto
Cris Sousil 23/10/97

Naquela mesa sentamo-nos,
entre arbustos, vento e chuva fina
falamo-nos,
tocando-nos com os olhos,
rendidos às mãos frias.

Cada coluna desse labirinto
traça um infinito
que nos abraçará

Cada folha caída em terra,
sinal da guerra que junto a época
se apagará.

Outros ventos, novas portas
Hoje, você leste e eu,
noroeste.

Chegará o dia
nessa mesa
terminaremos a conversa
não haverá quem impeça
o encontro do olhar.
Séculos perdidos,
séculos rendidos
nesse olhar.

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