domingo, 30 de março de 2008

Tempestade do dia

Tempestade do dia
Cris Sousil 20/09/99
I
Tempestade do dia
Em teu deserto interno
Em teu túnel incerto
Em teu castelo sem teto
Sou tempestade do dia
Toada dourada
Dançando na noite
Tatuando tua ponte
Tua tempestade do dia
Cantiga distinta
Ventando tua rede
Matando tua sede.
Duque das dunas
Me dá demônios
Te dou dezenas de anjos
Invado teu túnel
Toco teu mundo
Sou tua tempestade do dia
Inundando tua cidade vazia
Duelando com tua terra sombria
Dourando tua noite tardia
Despertando-te dia

II
E então poente
Novo palco
As pedras são poesia
A penumbra, purpurina
Derrubamos a barreira
Varremos a poeira
Subimos a bandeira
Bailando com os querubins
Samba em bandolim
Portas abertas
Novo império
Não há beco
Sem apelo
Não há brejo
Só o belo
Beijo tua boca
Explode nossa bomba
Não há mais sombras
Barão e baronesa
Do império do sol
Despertamo-nos poesia
Banhamo-nos tempestades
Pingamos um límpido dia.

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