Olho-o
Cris Sousil 26/04/99
Olho-o
Não é um cubo de gelo
Não é antídoto nem veneno
Só rende-se ao medo
Olho-o
Levanto minha mão e toco-o
Levanto seu rosto e olho-o
E lhe encontro
Entre nuvens, raios e trovões
Entre o carnaval de emoções
Olho-o
E não me acovardo pela noite
Talvez sugue um pouco de meu sangue
Seu pranto contido é a fome
E seu silêncio grita meu nome
Olho-o
Se perfurá-lo a estaca de meu toque
Lhe abraçará uma morte
E raiará luz
Pelo espírito nu
Não temo e olho-o
Vê pois lhe vejo
No escuro entardecer
No escudo anoitecer
Me aqueço em seu ser.
domingo, 30 de março de 2008
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